Michael Paul Smith

Nos últimos 25 anos, Michael Paul Smith fotografou sempre a mesma cidade: Elgin Park. Uma cidade que não está em nenhum mapa, mas pode ser facilmente encontrada na fértil imaginação do artista.

A primeira impressão é que as fotos foram feitas numa pacata cidade americana dos anos 50. Mas, na verdade, são resultado de uma antiga técnica de efeitos especiais, que combina miniaturas e maquetes com paisagens naturais, conhecida como perspectiva forçada.

O resultado é uma ilusão de ótica que torna objetos mais distantes ou mais próximos, maiores ou menores do que realmente são, dependendo do ponto de vista.

O artista manipula a percepção visual criando um realismo fantástico que proporciona uma viagem no tempo, despertando memórias de uma época que não existe mais na realidade.

Elgin Park virou um fenômeno do turismo cibernético, atraindo milhões de visitantes para página do autor na internet. Em 2015, Michael lançou o livro “ELGIN PARK: Visual Memories of Midcentury America at 1/24th scale” e expôs seu trabalho no Museu de Artes e Design de Nova York.

Para criar as imagens, o miniaturista, ilustrador, designer e fotógrafo Michael Paul Smith, fabrica as miniaturas e as leva para os arredores da cidade de Winchester, onde mora, para fotografá-las em harmonia com as paisagens locais.

Segundo ele, tudo começou por acaso, enquanto procurava algo divertido para fazer com sua coleção de mais de 300 miniaturas de carros antigos.

“Não coloco gente nas minhas fotos”, diz Smith. “Eu quero que os espectadores se colocem nas cenas”. Embora nenhuma pessoa esteja visível nas imagens, ele conseguiu dar a Elgin Park um senso de humanidade, como se a qualquer momento alguém saísse de uma loja, entrasse num carro e saisse dirigindo.

Bem-vindo a Elgin Park!